Há um pedaço de alma perdido no fundo da minha sala.
Há um pedaço de mim que se desprendeu e voou. Pequenos momentos em que me perco em pormenores.
A revolta do que podia ser e não é. Do que poderia ter sido e não foi.
Deixa-te de merdas ninguém é tão santinho assim...
Hoje apetece-me gritar, gritar só para eu ouvir... Fo** também tenho esse direito ou não?
E se tudo o que nos sai é nada, será que isso quer dizer que estamos cheios de nada...?
Há um tempo para tudo. O tempo para o lamento. Um tempo para o tormento. Um tempo para o amor, para o desejo um tempo, Um tempo... Que vem num repente, assim, lento, de mansinho e como o vento leva-nos para outras paragens.
Onde buscamos tudo de bom e de mau. Onde nem o vento se demora, paragens onde o tempo não pára onde só restam recordações.
E pensar que o mundo corre lá fora. E que eu aqui dentro... O que tenho eu?
Pouco mais que nada. Tenho que um olhar distorcido sobre as coisas que não consigo esquecer.
Não, não há nada de novo...
Gostava de perceber que mecanismo é esse que de repente desata em mim, estes estúpidos lamentos e me trazem verdadeiros pensamentos de “merda”, que me tocam. Gostava de percebê-lo simplesmente para deles me poder apropriar.
Gostava de comandá-los, tê-los à minha ordem, à minha voz de comando. Infelizmente não tenho a capacidade de ser perfeita