Já muitas e muitas vezes me tinha perguntado para que é que tu serves?
Sim, para que…? Estás “invisível” e que não estivesses…! Ninguém te vê, só eu. Ninguém te conhece, só eu. E eu aqui não sou ninguém...
E é bom não ser “ninguém “não existir, assim como tu que também não existes, és só mais um… és só tu eu.
Hoje descobri para que é que tu serves! Hoje fazes-me falta, hoje preciso de ti … Da tu companhia, que me escutes, que me deixes falar, chorar, e ou até gritar … deixa-me desabafar contigo, aquilo que não consigo dizer com palavras, que não tenho coragem de assumir...
Estou cansada, triste, desanimada, sem alento, hoje sinto-me a última das pessoas… Sinto-me a pior das idiotas perdida em mim mesma, farta , farta de tentar carregar o mundo nas costas, falta de ser a compreensiva, a tolerante, farta da porcaria de pessoa que me estou a tornar, hipócrita e cobarde.
Sim cobarde, uma cobardia que me deixa sem acção sem margem de manobra… uma hipócrita que por medo de magoar os outros me está a tornar num ser vil e cheio de rancor.
Odeio ser tolerante quando no fundo acho que não devo ser… odeio deixar de falar por medo de magoar… odeio esta puta de decisão que devemos ajudar sempre os mais ”fracos.”
Porra,e quando os mais “fracos” são oportunistas, interesseiros, e psicologicamente chantagistas…?
Apetece-me gritar a plenos pulmões, acordem… que a vida não é fácil para ninguém, mas não nos podemos acomodar.
Tenho medo! Pela primeira vez sinto medo, medo da vida, pelas pessoas que dependem de mim, pelas pessoas que confiam em mim, e por o que as pessoas esperam de mim…
Sinto-me perdida e sem soluções. Sinto-me uma porcaria de gente, sinto-me triste. Sinto-me uma merda de gente sem saber que rumo tomar…
(De ti meu amor, esperava mais do que” eu não te disse…”” ou sabes bem o que fazer…”
Só me restas tu, e aqui estamos tu e eu…
Agora sei para que serves, contigo sinto-me segura, não sou ninguém…